Mateus 7
1 – Não julgueis, para que não sejais julgados.
2 – Pois com o critério com que julgardes, sereis julgados; e com a medida que usardes para medir a outros, igualmente medirão a vós.
3 – Por que reparas tu o cisco no olho de teu irmão, mas não percebes a viga que está no teu próprio olho?
4 – E como podes dizer a teu irmão: Permite-me remover o cisco do teu olho, quando há uma viga no teu?
5 – Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho, e então poderás ver com clareza para tirar o cisco do olho de teu irmão.
Programa
08/01/19 Jesus e o julgamento
15/01/19 Lei de justiça
22/01/19 Reciprocidade
29/01/19 Karma, castigo ou aprendizado?
05/02/19 Progresso e o dever moral
12/02/19 O bem por escolha
19/02/19 Caridade por ação
26/02/19 Educação por propósito
13 – “Aquele que estiver sem pecado atire-lhe a primeira pedra”, disse Jesus. Esta máxima faz da indulgência um dever, pois não há quem dela não necessite para si mesmo. Ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que nos julgamos a nós mesmos, nem condenar nos outros os que nos desculpamos em nós. Antes de reprovar uma falta de alguém, consideremos se a mesma reprovação não nos pode ser aplicada. – O Evangelho Segundo o Espiritismo por ALLAN KARDEC –
capítulo 10
Mais do que nunca vivemos a intensidade dos tempos de transição!
Vivendo à beira do mundo de regeneração enquanto sociedade planetária, sentimos as ondas de transformação cada vez mais intensas e, com elas, os medos, as incertezas e as dificuldades naturais afloram tomando nosso fôlego com frequência.
Abraçamos coletivamente os valores éticos e de bem estar individual e coletivo embora ainda precisemos transformar instituições, melhorar relações e superar questões de um mundo ecologicamente afetado pelas escolhas do passado recente.
As relações intensamente próximas, a rapidez com que as coisas estão acontecendo e as facilidades que as tecnologias de informação e comunicação estão nos oferecendo estabeleceram um ambiente dinâmico em que as construções coletivas são cada vez mais comuns e as transformações da sociedade ocorrem tão rapidamente que chegamos a nos questionar se daremos conta internamente.
As novas gerações criam lado a lado com as gerações anteriores, conflitos se estabelecem, utopias são partilhadas simultaneamente formalizando conflitos e incompreensões.
A modernidade líquida de Zygmunt Bauman bate com força à nossa porta obrigando-nos a pensar na vida presente de forma ágil e muitas vezes sem considerar o futuro de longo prazo.
O progresso proposto por Allan Kardec, que se faz ao longo das encarnações, parece perder-se no horizonte longínquo sobre o qual já não conseguimos projetar com facilidade a imortalidade da alma, relegada a segundo plano devido à premência de adaptação ao imediato que custa a se estabilizar em um contexto mais claramente compreensível.
Neste contexto acirraram-se os debates em sociedade. A percepção de que é preciso modificar o modo de nos relacionarmos uns com os outros, de pensar a educação e a formação da humanidade, está em constante negociação apresentando-se muitas vezes de maneira conflituosa.
Naturalmente polarizados, autocentrados e ainda com poucos instrumentos emocionais para lidarmos com o universo do outro e de nós mesmos, seguimos frágeis tentando implantar os diálogos que desejamos que ocorram de forma fluida e dinâmica e nos arrastamos pelo julgamento do outro a partir de nossos paradigmas, postura não recomendada por Jesus.
Com este cenário em mente surge o Curso de Férias de 2019. Um convite a pensarmos nas relações com aqueles que pensam de forma diferente da nossa.
Durante oito encontros procuraremos refletir sobre a forma como enxergamos o outro e a nós mesmos. Uma reflexão à luz da doutrina espírita que visa oferecer ferramentas que possam facilitar este movimento de diálogo e transformação da realidade através de esforços coletivos.
Este curso deseja promover um resgate da imortalidade da alma, do propósito espiritual e do progresso como conceitos importantes para nortear a ação consciente em um mundo material dinâmico e intenso que exige cada vez mais presença e intenção.